7.13.2009

a eterna busca

Vi-me perdido entre as dúvidas e incertezas que cercam a existência humana. Dentre os muitos mistérios que me propus a entender, como palco central, está o objetivo da vida de cada um de nós. Enquanto espécie, somos semelhantes. Tal razão define um laço comum entre todos os membros da humanidade, vindo a superar as inúmeras diferenças que advêm de nossa capacidade de ir contra aquilo que nos é imposto pela nossa própria natureza. Fruto disso, não temos claro o que nos leva adiante dia após dia, como acontece com os demais animais que conhecemos, os quais tem seus objetivos claros: tão somente procriar e preservar sua própria vida. É instintivo. Não muda. É possível prever, como explica Darwin, qual será a reação de um exemplar de uma espécie, frente a uma situação natural. Isso porque, todos os seres daquela espécie irão agir da mesma maneira. Nós homens num entanto, estamos facultados a cumprir com aquilo que nos é programado. Podemos escolher, e baseamos essa escolha em nossa experiência. Somos capazes de aprender. Uma vez que podemos aprender, podemos nos aperfeiçoar. Isso nos difere uns dos outros, é impossível prever, com total certeza, qual será a reação de um homem frente à uma situação qualquer, por amostragem ou outro método lógico. Fugimos da lógica. Agimos contra a lógica. Tentando compreender o que nos leva adiante, me iniciei no mistério da existência humana: somos incompreensíveis. Pode-se dizer facilmente, por exemplo, que vivemos em busca da felicidade. Tal resposta em hipótese alguma é errada. Porém, difícil é entender o que é a própria felicidade. Se tentarmos algo mais biológico como o instinto de preservação da espécie, o qual nos faz querer procriar, e para tal, encontrar o parceiro ideal, logo nos perdemos tentando entender o que faz de alguém o parceiro ideal. Uma vez que não temos um comportamento lógico, não podemos ser objeto de certeza. Por mais que a ciência venha a progredir, no próprio homem, restará a dúvida elementar, a qual não será nunca sanada. Quem sabe vivemos em busca de uma resposta, a qual nem sequer existe.